Apresentação
“A capoeira é para mim, a fusão de corpo e mente. Através da capoeira, pode-se trabalhar o corpo e estruturar a mente, para um entendimento da sociedade em que vive”
Mestre Moraes, Salvador-Bahia.
A capoeira nos últimos anos vem passando por um processo de difusão e expansão. A arte, desenvolvida por escravos africanos que viviam no recôncavo baiano e hoje espalhada em muitos países, é praticada em diversos espaços da sociedade, tais como: academias, praças, clubes, centros comunitários, projetos sociais, universidades e escolas. Neste último, a capoeira aparece como um recurso didático pedagógico capaz de dialogar com conteúdos da música, da arte cênica, de história, de geografia, de movimentos corporais, além de promover a difusão da língua portuguesa para fora de nossas fronteiras e o resgate cultural da população afro-brasileira em prol de modelo de educação crítica, reflexiva e transformadora.
O professor de educação de física, no ambiente escolar, através da capoeira, tem a possibilidade de trabalhar o educando na sua integridade, desde as capacidades motoras até questões de desenvolvimento intelectual, afetivo, cognitivo e mudanças comportamentais no convívio social e estabilidade emocional. Atualmente o quadro de professores efetivos da área de educação física na rede estadual é de cerca de 7 mil[1] professores.
Neste contexto, o I Seminário Baiano de Educação Física, Capoeira, Processos Tecnológicos na Cultura Afro-Brasileira - Todos na Roda surge com uma proposta de ser um espaço de promoção do debate sobre as manifestações culturais brasileiras e seu papel na formação da identidade do estudante da escola pública e privada, além de proporcionar formação continuada para professores de educação física, bem como, a socialização de pesquisas científicas, vivências e experiências exitosas entre os representantes dessas correntes culturais, destacando principalmente a sua prática no ambiente escolar.
O seminário contará com apresentações culturais, exibição de filme, mesa redonda e rodas de vadiação confraternizante. O público-alvo será formado por professores de educação física da rede estadual, municipal e privada,pesquisadores, estudantes, comunidade capoeirista, agentes sociais e produtores culturais.